Era uma noite comum como qualquer outra. Era o início do inverno, e já soprava um vento frio, que cantava pela noite escura. Se aconchegou nos cobertores, tomou um gole do chá quente e continuou ali, olhando para o céu gelado de estrelas. Ali da sacada de seu apartamente podia ver perfeitamente o céu, uma de suas maiores paixões, passava as vezes horas e horas a observar as nuvens, ou as estrelas, e a lua, que dessa vez estava fina, quase que somente um risco no azul-marinho intenso de um céu de inverno. Quanto ficava assim, perdida entre estrelas e pensamentos costumava lembrar de momentos especiais de sua vida, as lembranças era uma constante, e a saudade as vezes passava para uma visita. Essa noite em especial, pensava em sua infancia, do antigo condominio onde morava, das amiguinhas, da mãe que brincava com ela na caixa de areia do parquinho, da bicicleta-que nunca aprendera a andar- e de como era habil no patins. Lembrou das festas de aniversário, dos churrascos no quiosue, da aventura de salvar gatinhos que se perdiam embaixo dos carros, e até daquele gato que havia arranhado sua mão-uma cicatriz que permanecia até hoje. Sentiu o vento frio no rosto quando vislumbrou ela mesma correndo empinando pipa ou pulando corda, e correndo...correndo...correndo no enorme campo de futebol. Mais foi quando lembrou de seus pais, de seu irmão, e da felicidade que eles viveram juntos, das conversas, das risadas, que não resistiu, as lagrimas rolaram pelo rosto juntamente com um sorriso de alegria. Estava decidido, no proximo fim de semana voltaria para casa, visitaria os pais e abraçaria o irmão. Voltaria para sua "infancia", se permitiria ser criança mais uma vez. Resgataria aquele sentimento puro e infantil que estava guardado dentro do peito, e que somente ela e a lua mais fina agora do que antes sabiam que existia.
leiam
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Fiquem com Deus.
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