terça-feira, 23 de março de 2010

Dias de chuva


-Chove lá fora. Chove aqui dentro de mim também. E tudo está molhado e úmido. E eu estou aqui, sentada em uma lan house. Olhando a porta lá fora e as pessoas passando com seus guardas-chuvas. Tudo me enche de palavras quando o dia é chuvoso. Tudo me enche de emoções, de poesia. Só que fica difícil organizar tudo. Fica difícil contar. Falar. Explicar o que se passa dentro de mim. Poderia escrever uma história de amor, só que mais uma seria tão repetitivo. Poderia escrever uma história de ilusão, de fim, de dor, mas seria muita melancolia. Poderia escrever sobre novidades, descobertas, vitórias, mas também seria repetir palavras já ditas. Por isso eu fico com a chuva. Fico com a gotas a caírem na calçada, a molhar meu rosto, molhar meus cabelos, molhar meus olhos. Fico com a chuva que molha tudo, e molha também minhas palavras. Fico com a chuva, que lava tudo, que limpa tudo. Fico com a chuva, que me faz companhia. E como eu queria companhia. Essas minhas horas andam muito sozinhas. Queria alguém para encontrar de repente na rua, andar e conversar. Alguém para tomar chuva junto comigo. Alguém para rir junto comigo. Alguém... . Me disseram que eu ando apaixonada, e como negar? Como dizer que não? Ah...e também como assumir? Difícil amar de novo depois de tanto tempo. Só que esse post não era para falar de nada disso. Era para falar da chuva lá fora. Era para falar que eu fico com a chuva. Minha companhia. Meu conforto. Meu passatempo hoje, já que fico a observar sua simplicidade. E olha, parou de chover. Melhor eu ir...

4 comentários:

  1. belos contos moça
    estou seguindo com prazer e alegria,,,
    espero que possamos conversar um dia...

    sem pressa de sair
    o computador nunca me deu tanta opção
    de texto em texto me absterço meu leve coração...

    sucesso

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Nossa Carol... esse seu texto molhado também me molhou, acredita? Gostei muito, sério. Sabe, não sei se eu já lhe falei isso, dá para sentir muito de você nas suas palavras. É como se você estivesse pendurada nelas ou espiando nós leitores por entre as linhas. Você escreve poesia em prosa, incrível. Parente de José de Alencar, talvez? :D

    Ó, Pedro Carlos está de volta.

    Saudade!
    Beijão.

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