quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

E quando fechar os olhos...


Marília, 9 de dezembro de 2009
Meu querido...
Escrevo esta carta para dizer através dessas linhas tudo aquilo que não consigo dizer olhando em seus olhos. Dizer o quanto eu te amei durante esse ano que passou. Dizer o quando foi maravilhoso ter sua companhia todas as manhãs, tardes e noites. Dizer que se hoje eu sei o que é amar, é graças a você.
Lembro de como nos conhecemos, ou melhor, nos reencontramos. Lembro das horas que passamos conversando ao invés de fazer qualquer tipo de trabalho. Das vezes que fugiamos para aquele cantinho que você dizia ser só nosso. Da cama branca, das cortinas a balançar ao vento, do céu azul daquela janela, do infinito daquele horizonte. E lembro, e para sempre me lembrarei, dos seus olhos. Dos seus olhos verdes que não perdem o espanto ao olhar para mim a cada dia. Como se cada vez, fosse a primeira vez. Como se não cansassem de procurar qualquer novidade, qualquer detalhe que haviam deixado passar. Ah...seus olhos verdes. Se há alguma coisa que sentirei mais falta do que você mesmo, será dos seus olhos verdes. Eles são um mistério completo para mim.
Depois da noite de ontem, depois da semana que tivemos, depois do ano que terminará, tenho que dizer que foi -foram- os últimos. Os últimos para nós. E começará o primeiro para mim. Já havia dito a você tudo isso, já haviamos conversado e acertado tudo. E é assim que acaba. No entanto, para mim, faltava alguma coisa, e então, resolvi te contar que eu amo você mesmo e muito. E nunca amarei outra pessoa assim. Eu vou embora, mais o meu amor fica. Tudo acaba mais a paixão continua. Fica a saudade, e vão-se os abraços. Fica a boca, e vão-se os beijos. Fica a lembrança, e vão-se os momentos. Eu fico com você em pensamento. Mesmo partindo.
Isso, meu amor, não é um adeus, é uma despedida. Porque quem ama, nunca deixa para trás a coisa amada. E quando eu fecho meus olhos, a primeira coisa que vejo é você. E sempre será assim. Lembre-se de mim, lembre-se das palavras ditas, e lembre-se que você me fez prometer que não me esqueceria do que dividimos, do que descobrimos, e eu cumprirei. E sei que você também não esquecerá.
Eu tenho que ir, preciso. Eu te amo. Ainda te amo.
Até qualquer dia desses, pela vida. Meu amor.
Carolina

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não conseguir dormir,
    Preciso, devo explicar.

    Apaguei o presente para conservar o passado.

    Unica coisas que não posso apagar são os rastro
    que deixe aqui.

    Me perdoe.....

    Pode me chamar de covarde....

    Adeus e boa sorte pra ti.

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