-Entre todas as questões já resolvidas da minha vida, existem duas que ainda me deixam sismada. Duas que ainda não foram totalmente solucionadas. Uma diz respeito a desistência, e a outra, pode parecer piegas, (aliás, vai parecer piegas) diz respeito a encontrar o amor da minha vida. Quanto a desistência, bom, só tenho a dizer que eu realmente desiste de algumas coisas no começo desse ano. Desisti, não porque estava cansada de lutar por elas, mas por simplesmente não ter mais condição de sofrer. Cada passo que eu dava em direção a esse objetivo masoquista, machucava demais, depois de ter me enchido de esperança antes. Era cruel, foi cruel. E eu só me dei conta disso quando o buraco no peito era fundo de mais, quando eu já estava até acostumando de tanto cair e levantar. Alguém me disse uma vez "Então você vai desistir de tudo o que é difícil pela vida" quem sabe? Oras, as vezes o caminho mais fácil, também é o mais certo. Quem foi que disse o contrário certamente não conhecia todas as exceções da vida. Enfim, eu desisti e agora eu não quero voltar atrás. Mas as vezes ainda dói, ainda incomoda. Não que eu me arrependa, não. Eu somente quero seguir em frente, e tenho a certeza que acertei. Só que o olhar no rosto das pessoas, a reprovação, a frustação, não são coisas agradáveis de se ver. Eu queria somente que as pessoas tivessem por minhas decisões o respeito que eu tenho pelas decisões delas. Só isso. E quando eu puder ver isso, essa questão que ainda martela de vez em quando estará resolvida.
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-Quanto a segunda questão, a do amor da minha vida, creio que seja mais complicada. Complicada porque não depende somente de mim. Depende de outra pessoa. Depende das conspirações do universo ao meu redor. Eu sou extremamente romântica, clássica, e as vezes machuca sair pelas ruas e olhar os casais, olhar o jeito, as atitudes apaixonadas, as mãos dadas. E eu penso, penso que cansei de ficar sozinha, penso que quero alguém para dividir, para me dividir, penso que já levei muita pancada do amor, e que tudo isso não é muito justo. Pode parecer estranho, mas nem sofrer por amor eu sofri. Todos os "relacionamentos"- se é que pode chamar assim o que tive- foram superficiais de mais para me causar desencanto quando terminaram e isso também não é justo (como eu sou louca, querendo sofrer por amor!). Mas o que falta, o que eu sinto falta, é isso! É essa experiência que ainda não aconteceu na minha vida, como eu, uma pessoa que escreve de amor, de sentimentos, nunca amou de verdade? Nunca senti nenhuma das dores que eu mesmo descrevo? Tudo foi insipiente de mais, fraco de mais...quero a intensidade dos romances avassaladores que leio nos livros. Eu quero, e quero a pessoa certa para mim, na hora certa para mim, que parece ser agora. Será que é pedir de mais?
Estranho, mas eu acredito com todas as minhas forças que eu vou conseguir, que isso vai acontecer. Espero que sim.
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Desculpa os desabafos. As vezes os sábados parecem sufocantes, e as palavras me ajudam a superar tudo isso.
Nota futura: Não ler mais livros românticos, isso acaba comigo.
Nota futura: Não ler mais livros românticos, isso acaba comigo.
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