segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tijolos


"Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar. "
Canção do Tamoio - Gonçalves Dias
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Eu vejo um grande muro na minha frente. Uma grande muralha. Impedindo minha caminhada. Tapando minha visão do sol, e dos passos futuros. E o que mais incomoda, é saber que eu mesma coloquei ela ali. Eu mesma, com minhas decisões e escolhas, fiz que ela surgisse. E agora? Devo escalar? Devo dar a volta? Devo simplesmente permanecer parada aqui, contemplando tudo o que deveria acontecer, mas que não irá, porque não há mais forças para chegar ao outro lado? Tem momentos na vida da gente que tudo o que resta a fazer é esperar. Esperar por não ter mais forças para tomar alguma atitude decisiva. Então, com o peso das minhas escolhas a esmagar minhas costas eu espero. Olhando de frente para essa muralha, olhando de frente para o bloqueio de meus planos futuros. Espero com fé, acreditando que virá uma solução. Acreditando que alguém do outro lado me mandará uma corda. Uma cadeira. Uma escada. Novamente, eu me vejo esperando.

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