domingo, 8 de novembro de 2009

Libertà


-Ser como o pássaro que voa no céu azul. Livre, planando na imensidão. Sentir o vento percorrer as asas. Respirar o ar fresco que enche os pulmões. Cortar as nuvens de algodão. Arrebentar as correntes que prendem os pés ao chão. Levantar vôo alto, baixo, rasante. Ter o horizonte como limite. Como fronteira da visão. Deixar a mente vagar pelos labirintos antes desconhecidos. Fechar os olhos e enxergar tudo. Enxergar o que se está dentro. Sentir o que se está fora. Ser grandioso pelo menos em pensamento. Acreditar, mesmo que nada prove concretamente, no que está por vim. Acreditar, somente. Abrir os cadeados da visão, para finalmente enxergar o mundo. O mundo verde, azul, amarelo, laranjado, colorido. Permitir que o coração bata somente por bater. Somente por sentir. Somente por viver mais um dia. Viver a plenitude do corpo e da mente. Confiar no futuro e não planeja-lo. Confiar que o passado foi preparação para tudo que no futuro aguardará. Libertar-se de pré-conceitos, pré-definições, padrões. Libertar-se e alçar vôos cada vez mais altos. Deixar a alma percorrer o infinito e os mistérios que a cercam. Viajar longe. E saber que se está mais longe a cada viagem. Mas sempre, e por vontade própria, voltar para casa.

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