quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Duas xícaras de chá


-Um convite para tomar um chá...acho que é a primeira vez que me convidam para um chá.
-Porquê? Falta de costume?
-Não, é que sempre que se convida para um "chá" na verdade é um café disfarçado. Literalmente assim, é a primeira vez.
-Bom, você pode escolher o qual quiser, camomila, erva-doce, erva-cidreira...
-Talvez eu tome um de cada...acho...
-Eu prefiro erva-doce...
-Aham...
Silêncio, enquando ambos tomavam um gole do respectivo chá que escolheram. E apreciavam a paisagem da sacada do apartamento dele. Era pôr-do-sol. E ela se sentia quente e acolhida, não sabia dizer, porém, se era pelo chá, se era pela companhia dele, ou se era pelo pôr-do-sol.
-Porquê eu? Digo, porquê me convidar para o chá, e porquê chá?
-Simples, você me disse que gosta muito de conversar, de trocar idéias, de refletir junto com outra pessoa, eu também! E eu acho que a bebida que inspira para esses tipos de diálogos é o chá! Também achei um bom motivo para te conhecer melhor...
-Eu também queria te conhecer melhor, sabe, longe de todas aquelas pessoas da faculdade...
E esse realmente era um bom começo. Uma mesa posta na sacada para dois, duas xícaras, chás variados, a beleza do fim do dia, e os olhos dele querendo mais, muito mais do que somente algumas xícaras de chá.

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