quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ao telefone


E o telefone tocou. E era ele. A voz infantil que tanto causava calafrios nela. Não parecia um homem com aquela voz, voz de menino. Mas era. Com o mais belo sorriso que ela já havia visto. As pernas tremiam, o coração disparava, a voz falhava e o ar faltava só de imaginar ele perto. Tocando suas mãos, seu rosto, seu cabelo, os lábios se encontrando...
-Alô? Você ainda está aí?
-Sim, estou...desculpa, me distraí...
-Distraiu? Está ocupada?
-Não, não...me distraí com o som da sua voz...
-...Eu só queria saber como você estava, se ainda lembrava de mim...

E como esquecer. A noite fria na qual se conheceram, a surpresa do encontro, e o abraço quente dele. Inesquecível. Ela, claro, diria ao telefone que depois de tanto tempo não pensava mais nele. Mentira. Mas admitir uma paixão, porquê? Para que? E ela nem sabia o que eram aquelas borboletas que tinha no estômago quando falava com ele. Amor? Não, dizia a senhora razão. E o coração, essa senhorita sempre e sempre jovem e em busca de amores, diria rebatendo:
-Se não é amor, o que mais pode ser?

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De volta com as historinhas de amor. É sempre o amor que enche nossos corações mesmo.

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