sexta-feira, 11 de junho de 2010

Friagem


-O sol já se foi. E o vento sopra frio pelas árvores. É inverno. Ou quase inverno. E a medida que os dias quentes cederam lugar, humildes e respeitosos, aos dias frios eu pude entender. Entender que tudo tem seu tempo e lugar, apesar do meu desespero. Entender que agora posso firmar meus passos no chão, apesar de meus pensamentos estarem nos ares. Respeitei, não sem indignação, o lento acertas e encaixar dessa nova vida. Assim como as árvores perdem suas folhas no inverno, para finalmente, florescer na primavera. Não estão mortas. Estão vivas. Assim como nunca foi morte. Sempre foi vida. Sentida nas reviravoltas de meu eterno e novo caminhar. É quase como um novo despertar. Eu na verdade havia me esquecido em algum lugar, acabo de me encontrar em algum canto. E o vento frio a movimentar as árvores é totalmente novo e colorido. Sim. Ainda não vislumbro fim, nem soluções de nada. Muito cedo. Cedo de mais. Só que o destino me leva até metade do caminho. O resto, ainda estou traçando. A careza é gigante. Mesmo que o sol já tenha ido. Retorna a mim a tranquilidade de antes. Certeza. Firmeza. Fé. Simplesmente encontrei meu chão e meu céu. O inverno está chegando. Vai fazer frio hoje a noite.

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Momento de clareza. Tranquilidade.
"Paciência, confie nos fatos que o coração descobriu."
Sem mais.

4 comentários:

  1. É engraçado com a espera torna o a leitura muito
    mais interessante. Adorei a comparação com o
    inverno. Sua vida por palavras. Adorei Cah!
    Beijo enorme!

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  2. Caarol, eu adorei seu blog. Às vezes me vejo refletida nas coisas que vc escreve... imagino-me pensando e escrevendo com a sua sutileza descrita nas palavras.
    Adorei!

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  3. A maneira que tu escreves é tão doce...
    Amei!!!

    Bjs

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