terça-feira, 27 de agosto de 2013

Eu nada sei

-Me sinto assim, mais livre, mais feliz quem sabe. Me sinto assim, com essa sensação de que as coisas mudaram, de que os dias passaram, de que os tempos não são mais os mesmos e de que eu já sou outra pessoa. Diferente. Não diferente de mim. Eu mesma, mas mais segura, mais calma, mais tranquila, mais forte. Hoje tenho a certeza de que os ventos são mais fortes, só que eles não me levam mais. Eu os sinto, e eles batem em meu rosto trazendo vozes que antes não ouvia, trazendo sorrisos de uma certeza sem nome que sinto, somente. Hoje eu sei que mudei. Não a essência, o interior, isso foi resgatado, não. O que mudou foram as certezas, a segurança, o sorriso, o brilho dos olhos. O frio é sentido com mais intensidade, o calor também, a vida é vivida um dia de cada vez, sem deixar de esperar ansiosamente o próximo e o desfecho de tudo, mas sabendo que cada pedra neste caminho deve ser recolhida e sentida. Me sinto assim, mais eu. Me sinto assim, como se tivesse renascido sem precisar ter morrido. Morri dentro de mim, para que pudesse renascer naquilo que sempre tive certeza que seria melhor e tinha perdido. Morri sem deixar de existir, e vi que eu mesma estava sempre presente, mas afastada. Voltei. E hoje sinto os ventos mais fortes, os ventos mais frios, os ventos mais quentes. E sei que o que eles me dizem. E sei afinal, que estou mais firme, dentro de mim.


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"Ando devagar porque já tive pressa, e trago esse sorriso porque já chorei de mais..."

Um comentário:

  1. porque é preciso morrer e nascer tantas vezes...



    i know how it feels
    to feel free.
    to feel ourselves!
    it's always in time!

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