sábado, 16 de julho de 2011

Repetindo

O que fazer com meus braços que pedem por seu abraço? O que fazer com meus lábios que pedem por seus beijos? O que fazer com a saudade, com a dor, com a ausência? Onde esconder o desespero de sua falta? Exagero? Pode ser. Loucura? Também. Mas todo amor de mais, todo amor exagerado, possui um pouco de loucura. Não sei o que fazer com os dias que ficam mais longos, com as horas que não passam, com as cores do mundo que perdem a graça. Difícil entender que queria você aqui? Difícil saber que, o difícil para mim é isso, esse vazio dizendo a cada dia que você está distante. E que vai demorar para estar por aqui outra vez. Não que eu queira todo seu tempo, não que eu queira você todo para mim. Eu só quero grande parte. Loucura? Exagero? Todo grande amor possui uma dose de loucura, uma pitada de exagero. Entendo se não puder, entendo se for demais. Só tenho então, sendo assim, que me virar de costas. De costas, assim, impossível ver as lágrimas.

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"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

Martha Medeiros

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