sábado, 18 de setembro de 2010

Para sempre vazio


-Diário de bordo do dia 18 de setembro de 2010.
Voltar para casa sempre foi um problema para mim. Tenho que adimitir que fiquei extremamente feliz ao saber que teria que morar fora de casa. Nova vida. Nova cidade. Novas pessoas. Tudo novo. Era extamente isso que eu queria. Era exatamente isso que eu precisava. A minha cidade antiga já não tinha nada para me oferecer. As amizades já haviam ido embora, esquecidas de mim. Os lugares se enchiam de rostos que eu não conhecia. Mas que um dia eu conheci. Me sentia estranha dentro de um lugar que deveria ser meu. Que deveria ser meu recanto. Não era. E por isso eu fui embora feliz e contente. E vivo longe daqui feliz e contente. Sinto falta da minha família, sinto falta das ruas, do céu de minha cidade, do vento de minha cidade, do clima de minha cidade natal. E quero voltar. E sinto vontade de voltar. Pensando que serei recebida de braços abertos por essa cidade. Só que não é assim. Eu volto e nada mudou. Nada mudou na minha antiga vida. E quando eu volto eu tenho que viver a minha antiga vida. E eu não gosto muito dela. Sem amigos que te ligam por lembrarem que você voltou. É complicado explicar aqui os outros pórens. Só quero que fique claro que amo minha familia e que volto por ela. No entanto é um choque deixar minha nova vida para trás e viver temporariamente na minha antiga vida. Aqui. Sozinha. Estudando. É a prova de que existem coisas que não mudam. E que tampouco irão mudar. Eu sinto que deixo tudo que conquistei para trás. Que minha vida de universitária não existe, e que por algum motivo insano nunca mais voltará. Digo novamente que é complicado. Existem pessoas que possuem vários motivos pelos quais voltar. Que os amigos ligam toda hora, que mandam recado mesmo se a pessoa ainda estiver longe. Eu possuo somente um motivo. Minha familia. É só por ela que volto. E volto mesmo com esse buraco enorme no peito dizendo que tudo não se passa de um sonho e que vivo mais uma vez um reprise de tudo. Mais uma reprise.
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Desculpa. Tinha que desabafar. Ignorem qualquer melâncolia vinda desse texto.
Grata.

3 comentários:

  1. It will always be your home.
    Don't leave it.
    Take care.
    Love!

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  2. Eu me sinto exatamente assim quando volto apra casa. Depis de passar dosi anos fora, vocltar me foi um retrocesso. Mas estou aqui porque amo minha mãe.

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