quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sem sentido


-As coisas andam diferentes por aqui. E não é de hoje. Não é de ontem. E tampouco é recente essa mudança. Só que é quando parei para pensar nela, que realmente percebi o quanto tudo mudou em tão pouco tempo. Rápido e dinamico. Mudando novamente a cada hora e dia. No começo desse ano eu era somente alguém que espera por resultados. Sem saber o que faria. Sem saber para onde iria. E o destino, ou não, quis que eu fizesse a mais completa volta para conhecer realmente vários lugares. Marília. Maringá. Marília. Araraquara. Marília. Araraquara. Marília. E futuramente provavelmente São Paulo. São José do Rio Preto. Ribeirão Preto. Marília. Eu sempre quis viajar muito mesmo. Acho que sonhos se realizam. Melhor, eu tenho certeza que sonhos se realizam. Estar cursando a faculdade que sonhava, ainda, as vezes, é algo surreal para mim. Só que estou aqui. E me dou conta disso somente as vezes quando a rotina é pesada de mais e penso que eu realmente escolhi isso. E se escolhi, dou conta. Claro. Mas de um estado de espera latente e tedioso eu passei a ter a vida agitada que eu queria. Passei a ter a turma de amigos que eu queria. Passei a os momentos divertidos e descontraídos que eu queria. Passei a ter a tranquilidade com relação aos próximos dias que queria. Passei a ter o amor que queria e a amar alguém como queria. Não tenho tudo o que quero. Só que sei, que isso é somente questão de tempo. Os dias passam tranquilos e chuvosos e eu só sei que estou muito diferente do que estava no começo desse ano. Não é hora para balanços nem retrospectivas, o ano ainda não acabou. No entando, quando acordo toda manhã e vejo outro céu, e não o mesmo de durante 21 anos, penso que deveria escrever essas mudanças. Porque sinto que devo. Porque ultimamente muita gente tem gostado do que escrevo e nunca pensei também que isso um dia iria acontecer. Ok. Chega dessas explicações sem motivo. Deixem somente antes eu dar um motivo. Fiquei com muita vontade de escrever um texto muito bonito aqui, porém voltei a ter aquela crise literária que sempre tenho quando estou feliz de mais para escrever quando coisa. E mesmo que tenha ficado complemante ruim, estou feliz. Era o que queria dizer. Feliz de mais. Feliz por estar aqui. Feliz por ter conseguido alcançar as minhas metas a curto prazo.
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Gostaria que vocês dessem uma olhada no blog de uma amiga minha:
Ela não sabe, e provavelmente sabera depois de ler isso, mais saber que ela está escrevendo também me deixou extremamente feliz. Vamos ao meu clichê: Qualquer um pode escrever.
Agradeço a todos meus amigos de hoje, meus amigos da faculdade, todos e todos. E um beijo especial para ele.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pense nisso


-Quando somos crianças temos as mais fantásticas fantasias sobre nossas futuras profissões. Sonhamos que é maravilhoso ser gente grande e sair para o trabalho com a pasta debaixo do braço. E como somos crianças queremos atividades empolgantes. Queremos salvar o mundo. Mudar o futuro. Revolucionar. E aí almejamos sermos desde; bombeiro para enfrentar chamas e salvar vidas; astronauta para alcançar o espaço sideral; médico para liderar equipes cirúrgicas e curar; jogador de futebol para defender o time com raça; piloto de fórmula 1 para atingir altissímas velocidades, até jornalista, para cobrir as mais diversas notícias. Essas e mais uma gama de outras profissões heróicas e de destaque. Lembro que falava de ser juíza. De Direito claro. Pois achava inquestionável sua autoridade. Mas ao mesmo tempo que falava isto, sentava no parquinho do prédio onde morava e ficava horas amassando flores e folhas em um potinho com água para produzir cores diferentes. Depois dizia que eram remédios e saia passando em todo mundo. Juíza? Tem certeza? É, talvez não. Só que crescemos. Conhecemos as profissões. Percebemos que o heroísmo não é tão chamativo assim. E que destaque obteremos, se batalharmos, em qualquer profissão. Não é que o sonho acaba. Somente esquecemos dos sonhos. Ou começamos a perceber - com pés no chão - que devemos olhar para profissões mais discretas. Melhor, mais comuns. Daí ficamos na dúvida. Medicina ou letras? Música ou engenharia civíl? Moda ou filosofia? Complicado. Mas no fim nos encontramos. Escolhemos. Percebemos qual se encaixa. Qual, aparentemente, possui "nossa cara". Qual temos mais afinidade. Essa parte é relativamente fácil. E entre tudo isso, esquecemos das brincadeiras de criança. E talvez seria interessante se lembracemos. Eu, pessoalmente, me dei conta disso a pouco tempo atrás. E talvez, numa possibilidade remota, eu teria ganhado 3 anos se tivesse lembrado antes. Mas, lembrei na hora certa. Lembrei das plantinhas que amassava e sorri ao pensar que tenho laboratórios de botânica por aqui. Estou no lugar certo. Talvez. Provavelmente. Só que esse semana, tive dúvidas. Balancei. Repensei. E tive que mudar alguns conceitos e planos futuros. E ao lembrar de minha infância, lembrei também dos sonhos que deixei. Sonhos que diziam repeito a quem quero ser. O que quero saber fazer. O que quero mudar, construir. Pensei sobre isso. Pensei. Pensei. Pensei. E... vim até aqui escrever esse texto. Vim dizer para todos que tentem se lembrarem das brincadeiras de criança, para pensarem em sonhos talvez loucos. Para tentar realiza-los. Deixar fluir. Deixar imaginar. Deixar pensar. E se for preciso mude. Eu mesmo mudei. Minha conclusão? Enfim, terminar meu curso de fármacia, com glória e orgulho. Abrir meu próprio laboratório de produros fitoterápicos. E, ser professora. Mas essa sou eu. E você? Me conta vai!

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Sem mais. Diz tudo.
Beijos a todos que lerem. E me digam...respondam, se quiserem.
Escrevi pensando em todos meu alunos. Uma nova experiência em minha vida. Desde já agradeço.

sábado, 18 de setembro de 2010

Para sempre vazio


-Diário de bordo do dia 18 de setembro de 2010.
Voltar para casa sempre foi um problema para mim. Tenho que adimitir que fiquei extremamente feliz ao saber que teria que morar fora de casa. Nova vida. Nova cidade. Novas pessoas. Tudo novo. Era extamente isso que eu queria. Era exatamente isso que eu precisava. A minha cidade antiga já não tinha nada para me oferecer. As amizades já haviam ido embora, esquecidas de mim. Os lugares se enchiam de rostos que eu não conhecia. Mas que um dia eu conheci. Me sentia estranha dentro de um lugar que deveria ser meu. Que deveria ser meu recanto. Não era. E por isso eu fui embora feliz e contente. E vivo longe daqui feliz e contente. Sinto falta da minha família, sinto falta das ruas, do céu de minha cidade, do vento de minha cidade, do clima de minha cidade natal. E quero voltar. E sinto vontade de voltar. Pensando que serei recebida de braços abertos por essa cidade. Só que não é assim. Eu volto e nada mudou. Nada mudou na minha antiga vida. E quando eu volto eu tenho que viver a minha antiga vida. E eu não gosto muito dela. Sem amigos que te ligam por lembrarem que você voltou. É complicado explicar aqui os outros pórens. Só quero que fique claro que amo minha familia e que volto por ela. No entanto é um choque deixar minha nova vida para trás e viver temporariamente na minha antiga vida. Aqui. Sozinha. Estudando. É a prova de que existem coisas que não mudam. E que tampouco irão mudar. Eu sinto que deixo tudo que conquistei para trás. Que minha vida de universitária não existe, e que por algum motivo insano nunca mais voltará. Digo novamente que é complicado. Existem pessoas que possuem vários motivos pelos quais voltar. Que os amigos ligam toda hora, que mandam recado mesmo se a pessoa ainda estiver longe. Eu possuo somente um motivo. Minha familia. É só por ela que volto. E volto mesmo com esse buraco enorme no peito dizendo que tudo não se passa de um sonho e que vivo mais uma vez um reprise de tudo. Mais uma reprise.
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Desculpa. Tinha que desabafar. Ignorem qualquer melâncolia vinda desse texto.
Grata.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Alguma noite


-Deitada na cama, encarava o teto. Fixamente, sem conseguir dormir. O ventilador movia-se lentamente, sem produzir efeito algum. A noite era quente. O que permitia aos seus pesamentos, tornarem-se líquidos. Escorrerem pela mente. E se perderem livres, subconsciente adentro. Não conseguia dormir devido ao calor da noite. Mas também, as idéias eram muitas, e não as deixavam em paz. Estava feliz, sim, estava feliz. Só que algumas recentes descobertas tiravam seu sono. E, assim, ficava a contar as voltas do ventilador e a lembrar de frases ao acaso que surgiam em sua memória. A que mais havia marcado, no entanto, era a mais simples, que queria dizer muitas coisas. "Temos 3 vidas agora, a minha, a sua e a minha E a sua." E essa era a maior dificuldade. Como unir 3 vidas em um só? Como passar a fazer de tudo isso 1 só vida? E a resposta era simples e ela mesmo sabia. Não se faz 1 só vida, não se une tudo isso. Se compartilha. Não se anula, não se muda, não se acaba. Se soma, se constrói, se une. Só que o que fazer com o egoísmo, com o que querer sempre junto, sempre perto. Não há o que se fazer. É simples e complicado, se deve somente aceitar. E deixar o tempo cuidar de todas as outras ansiedades. Ele era bom de mais para ela o deixar ir, e ela sabia disso. Não queria mais errar. E esse medo todo, a roubava o sono. Iria tentar ser mais tolerante, e lembrar que eram 3 vidas, não somente uma. O silêncio era denso e a noite era quente, e ela não conseguia dormir. Relaxou os músculos, virou para o lado e fechou os olhos. Tudo o que ela viu foi escuridão, silêncio, e os olhos dele ali na cama ao lado. Sinceros e calmos como sempre.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Céus e céus


-Olhe para o céu. O que você vê? O que você vê, além da imensidão, além das nuvens, além do vento calmo ou turbulento que sopra? O que se enxerga, além de tudo isso? Ou não há mais nada, além disso? Céu. Somente e só, céu. Menos azul, mais azul. Com mais nuvens, com menos nuvens. Anunciando tempestade, ou um dia lindo de verão.
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Eu olho para o céu e não vejo somente céu. Ele, ali em cima, possui alguma coisa que me atrai. A sua tranquilidade talvez. A sua calma perante ao caos que é a vida aqui da terra. Indiferença? Talvez, mas acho que não. Sossego, eu diria. Sabio, também diria. Sabio, pois sabe que tudo aqui passa, que tudo aqui se acaba, que tudo aqui é finito. Enquanto, ele, o céu, está sempre lá. Sobre milhares de gerações, de épocas, de pessoas. De pessoas que olhavam para ele e pediam, juravam, cantavam, clamavam, oravam, olhavam. Viviam. E ele ali, sempre a olhar para baixo, calmo, quieto, sereno. Pois sabe que não existe céu sem tempestade, que não há chuvas sem nuvens, que não há refresco sem brisa, que não há dia sem noite. E ele, apenas escurece, perde sua claridade, para nos mostras as estrelas. E eu, mas uma vez, tenho que dizer que me encanta. Me encanta essa tranquilidade toda. E é isso que eu vejo quando olho para o céu. Busco paz. Busco lembrar que amanhã é outro dia, e que assim como o céu, ainda estarei aqui. E meus problemas de hoje terão passado. Ou não. Só que nada como um dia após o outro. Nada como um céu por dia. Um céu de cada vez.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nada sei


-Não sei. Não sei mesmo. Não deveria ter vindo até aqui se não sabia. Se não sabia o que escrever. Se não sabia sobre o que falar. Se não sabia usar as palavras para faze-las expressarem por mim tudo o que está aqui dentro. Que está aqui dentro e que não sei o que é. Mistura de várias coisas. Mistura de sentimentos. Mistura de imagens. De cenas. De palavras. De vontades. Não sei bem, não sei organizar tudo isso de uma forma que faça sentido. E hoje, aqui, nada fará. Creio que porque nada tem que exatamente fazer sentido nesse mundo. Creio que confusão é uma constante. A organização que é anormal. Mas, isso, eu também não sei. Confuso. Complexo. Complicado. E eu não sei nem mesmo qual será a próxima frase. Quais serão as próximas palavras. Os próximos pontos de demarcação. Os próximos sentimentos descritos. Difícil. Sentir vontade de sentar aqui e escrever e não saber por onde começar. Difícil, olhar o cursor piscar e não saber o que colocar a seguir. Pode ser que pareça um texto triste, um texto melancólico. Mas na verdade, só se trata de um texto vazio. E cheio de não saberes e não saberes. Espero, que logo mais, eu saiba. As provas estão por vir. Os céus ainda são azuis.

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"Nada sei dessa vida, sigo sem saber. Nunca soube, nada saberei..."


Dica de leitura

http://pinguinsdodeserto75.blogspot.com/
Está no começo, mais promete ser um blog muito bom. Aguarde. Rir é sempre o melhor remédio.