terça-feira, 29 de abril de 2014

Uma declaração

-Um amor infinito. Era isso que sentia. Um amor que não cabia dentro dela. Tão grande e tão real que na maioria das vezes palavras eram insuficientes. Mas sentia. Sentia a cada batida acelerada do seu coração, a cada olhar, em cada som inesperado do sorriso dele. E bastava olhos nos olhos e um silêncio cúmplice para que tudo fosse dito, sem a necessidade de palavras. E naquela manhã acordou assim. Sentindo a leveza desse amor, juntamente com doses maiores do que se pode suportar de saudades. Não levantou da cama. Ficou de olhos abertos, encarando o teto, escutando o vento gelado de outono a bater na janela. Não tinha presa. Pensou nele. Pensou naqueles olhos sinceros, naquele sorriso fácil e encantador, no abraço acolhedor, nos carinhos. Pensou nele. Há quase um ano que vivia essa alegria e essa agonia dessa saudade imensa. A presença física. O som de sua voz a chamar pela casa, o som dos passos, o cheio de seu perfume. A cada vez que ele ia, tudo ficava, tudo insistia em não ir embora. E a imagem dele, ali, era praticamente real. Mas não era. Deitada em sua cama, fechou os olhos, respirou fundo, imaginou um beijo. Imaginou o toque de suas mãos. Porque afinal, ela nunca tinha sentido um amor assim. E sabia que era de verdade. Somente por uma questão de sentir. Pensou que estar apaixonada era a coisa mais boba do mundo. Que deixava ela a pessoa mais boba do mundo. Flutuava. Sonhava. Contava os dias. Amava. Amava sem fronteiras, sem limites, amava livre, aberto, na sinceridade de dois olhares, amava de corpo e alma, amava. E naquela manhã fria, desejou ainda de olhos fechados que ele soubesse o quanto o sentimento dela ela enorme. Não tinha dúvidas que era recíproco. Não tinha dúvidas que era ele. E sabia, que dali alguns dias quando se encontrassem e olhasse dentro dos olhos dele, toda a saudade seria curada, toda a espera valeria a pena, todos as horas contadas seriam nada diante daqueles olhos. Era um amor infinito. Era isso que sentia. E sabia, que ele também.

3 comentários:

  1. Ela sempre estava ali, mostrando sua beleza angelical, com seus cabelos volumosos, com seus traços marcantes do seu lindo rosto, mostrava a perfeição aquela linda jovem.
    Trazia uma certa fantasia em minha mente com aquelas mechas loiras que transmitia sensualidade e delicadeza para o tom da sua pele. Em fim. Gostava do jeito que ela deixava os seus cabelos.
    Acho engraçado certas manias das mulheres.Parecem um daqueles bichinhos exóticos chamados de camaleões, que mudam sempre de cor.Não sei porque as mulheres mudam tanto de visual.
    Será que é pra chamar atenção?Ou somente o instinto feminino para caçar suas presas?(risos)
    Não importa quais eram suas intenções, somente me contentava em vê-la ali pela janela.
    Era habitual, sempre estava ali naquele lugar, parecia que esperava alguma coisa acontecer. Passava alguns momentos sentada lendo ou admirando as flores daquela praça.
    Pensei comigo. “Devo está com sorte em te-la ali pertinho, e poder admirar sua beleza.”
    Certa vez ela percebeu que a observava e me deu um discreto sorriso, aquele sorriso único que não posso descrevê-lo. Senti aquele olhar com se ela quisesse algo de mim. Era difícil decifrar o que se passava com aquela linda jovem.
    Achei que era a chance que eu esperava. Por semanas que a via na praça e não tinha coragem de me aproximar. Não poderia deixar passar aquela oportunidade.
    No outro dia, sentei no banco da praça e esperava ela aparecer. Com um livro semelhante ao dela chamado “Senhor dos Anéis”.Tenho que confessa. Nunca consegui assistir esse filme por ser maçante demais, me dava sono quando ia assisti , era mais 3 horas de duração. Ninguém merece. Quanto mais ler um livro grosso daqueles. (risos) Mas foi a maneira que eu achei de puxar conversa com ela.
    Com o livro aberto disfarçadamente percebi ela de longe se aproximando.
    Hoje senti que alguma coisa irá acontecer. Vejo no semblante dela algo diferente,ela sorrir naturalmente sem se esconder. Parece que encontrou algo que mexeu com seu coração...

    Continua.

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  2. Já reli seu texto algumas vezes, o que me vem à cabeça é: "Tão bom morrer de amor e continuar vivendo..." :)
    Beijos rimados e desejosos de tudo de bom que houver nessa vida pra você :*

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    1. Que lindo! Que bom que gosta! Obrigada pelo carinho sempre!

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