sexta-feira, 4 de março de 2011

Ao longe



-No deserto, que atravessei. Ninguém me viu passar, estranho e só. Nem pude ver que o céu é maior. Tentei dizer, mas vi você tão longe de chegar perto de algum lugar. É deserto. Onde eu te encontrei. E você me viu passar, correndo só. Nem pude ver que o tempo é maior. E olhei para mim, e me vi assim, tão perto de chegar onde você não está. No silêncio uma catedral. Um templo em mim, onde eu possa ser imortal. Mas vai existir eu sei vai ter que existir, vai resistir nosso lugar.

-Solidão. Quem pode evitar. Te encontro enfim. Meu coração é secular, sonha e desagua dentro de mim. Amanhã devagar vem e me diz como voltar...E se eu disser que foi por amor, não vou mentir. Não vou mentir para mim. E se eu disser deixa para depois, não foi sempre assim. Eu tentei dizer, mas vi você tão longe de chegar, mais perto de algum lugar.

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Praticamente uma poesia. E nesses tempos de crise literária eu fico aqui, ouvindo música com a companhia da chuva.
Carnaval? Que carnaval?

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