domingo, 29 de dezembro de 2013

Sobre mim, mais uma vez

-Acordei neste domingo com a mente distante e perdida. Não me encontrava mais em minha cama. Me perdi entre pensamentos e lençóis. Demorou até que me localizasse, aqui deitada em minha cama. Acordei e continuei ali. Encarando o teto. Contando as voltas do ventilador. E pensando. Pensei que talvez eu queria ser uma pessoa diferente. Pensei que queria ser alguém sem esse problema da ansiedade. Alguém calmo e tranquilo que encara as coisas quando elas chegam e não sofrem um bocado por antecipação. Pensei que queria ser alguém que lida de forma diferente com o ciúmes, com a dúvida, com a angústia, com os sentimentos em gerais que vem e vão e que as vezes insistem em ficar. Pensei que queria poder agir de forma diferente com as pessoas que amo, para parar de magoa-las. Pensei que sempre quis isso, e que talvez esteja conseguindo de forma bem lenta, lenta tipo tartaruga. E fiquei ali, de olhos fechados a imaginar uma vida assim. Se eu fosse assim. E fiz perguntas. Perguntas de como seria tudo diferente, se eu fosse também diferente. Sim, seria diferente. Seria, talvez, melhor. Melhor de um jeito que eu nunca virei a saber. Melhor de um jeito que talvez só exista dentro de meus pensamentos, no meu mundo imaginário e idealizado. Entre lençóis e cobertas, fiquei ali, ouvindo o silêncio de minha casa em um domingo pela manhã e pensando que o que sou hoje dependeu exatamente de eu ser uma pessoa ansiosa, não tranquila, que antecipa os acontecimentos e que olha para o horizonte em busca de algumas respostas para perguntas que ainda estão por vim. Torci para conseguir mudar de uma forma não tão passo de tartaruga assim. A verdade de tudo isso, é que penso que sendo assim tive muitas coisas que passaram por mim, sendo que na real eu que passei por tudo. Passei por tudo na tentativa de buscar por mim mesmo. Passei por tudo na vontade de me encontrar. Algo sempre fica. E o que fica é o que tenho de mais valor. Porque o que se foi, talvez nunca tenha sido meu. E por eu ser exatamente do jeito que eu sou o que realmente ficou, é o que realmente mais se identifica comigo. A conclusão, é que eu queria mesmo ser de um jeito mais leve. Mas não nego que gosto de mim mesmo, assim. E rezo para que exista pessoas neste mundo que ao olhar para mim, essa bagunça de emoções e sentimentos, se identifique também. Afinal, não seria isso o amor?



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domingo, 22 de dezembro de 2013

Um ano que vai, um ano que vem

- Eu terei saudade. Terei saudade das viagens. Dos passeios. Terei saudade dos amigos. Das risadas. Dos dias. Dos finais de semana. Das festas. Das pessoas que conheci. Dos lugares que visitei. Das horas que passei a esperar. Da saudade que senti. Terei saudade dos dias de sol. Das noites frias. Bem frias. Dos dias chuvosos. Úmidos. Dos aprendizados. Dos estudos. Dos trabalhos. Das aulas. Das novidades que surgiram. Dos obstáculos vencidos e daqueles que não venci. Da inevitável mudança. Interior e exterior. Das conversas. Das lágrimas. De alegria e de tristeza. Terei saudade do imenso céu azul, e do grande aprendizado que tive durante este ano. Terei saudade de 2013. Porque 2013 foi um ano. Foi o ano. De reviravoltas e voltas. De acordos e desacordos. De surpresas e de  muitas surpresas. Foi um ano de descobrir a verdade nos olhos das pessoas. De redescobrir a minha verdade. De resgate. De novos horizontes. De paz. De olhar para dentro. De compreensão. De mais calma. De mais sinceridade. Foi um ano de muitas alegrias. De muitas festas. De muitas risadas. De experiências inéditas. De abrir os olhos para o que deveria ser visto. E de fechar os olhos para tantas preocupações, algumas vezes. De esquecer. E de lembrar. De espiritualidade. De vida. De amor. 2013 foi um ano querido. Muito querido. Muito importante e que mesmo antes de acabar já deixa saudade. 2013 foi um ano de perder o fôlego. De vida mesmo, de muita vida. E de grandes e importantes decisões. Sinto que as escolhas feitas em 2013 estarão comigo pelos próximos anos, e que as consequências delas não serão pequenas. Foi um ano de responsabilidades. De vencer medos. E sei que essas conquistas me acompanharão. Sempre. Foi um ano de sonhos realizados. E foi um ano de muita realidade também. De pé no chão. De maturidade. 2013 nem se foi e eu já estou aqui, querendo que ele volte. Mas sei que não. Restam ainda algumas semanas de 2013 e eu já sei que a saudade ficará. Mas, no surgimento de um novo ano, eu esqueço essa saudade de olhar para trás e olho para frente querendo mais em 2014. Querendo muito mais. 2013 foi bom, mas 2014...será melhor. Sei disso porque a vontade de olhar para frente é imensa. E a curiosidade dos dias que estão por vim tomam conta de mim, por inteiro. Que venha logo, que seja ótimo, que traga paz, sucesso e muita alegria.