domingo, 25 de setembro de 2011

Para lá

-Qual será o próximo passo? Qual será o próximo destino? Para onde esta estrada me levará? Sinto que percorro a vida, pelos caminhos que planejei, mas não fui andando, fui levada. Levada a vários destinos, de várias maneiras diferentes, com vários desencontros e muitos encontros. Sinto que fiquei sentada, querendo e desejando isso ou aquilo e no momento em que me dei conta, já tinha tudo o que queria. Já vivo meus sonhos, já vejo alguns se desenvolvendo no futuro, já percebo que querer e batalhar por eles me trouxe até aqui mesmo sem perceber. Alguns anos atrás, deitava em minha antiga cama, em minha antiga casa, e antes de dormir imaginava como seria quando conseguisse algumas das coisas que queria. Hoje ainda acho que vou acordar com minhas paredes lilás, com meus bichos de pelúcia e com meus livros. Pensando mesmo que tudo não passou de um sonho. Só que eu vivo o meu sonho. Tão real, que até cansa. Tão vívido, que até já pensei em desistir. Não se desiste de sonhos, não se deixa para trás aquilo que foi dado a você. Não se deseja o passado árido e sem metas. E penso todo dia, qual será o próximo passo? Qual será o próximo destino? Não ouso percorrer correndo estas estradas, agora a minha frente. Não ouso deixar a curiosidade me levar. Não espero ansiosamente o dia seguinte. Sento e espero. Sento e espero o próximo nascer do sol. E com ele todo o brilho do próximo dia de meu sonho. O que virá a seguir? Não sei. Sonhos são obscuros quando vividos. Não se sabe o próximo passo e eu não quero correr. Tenho calma. Espero. Espero para ver qual o destino dessas estradas. Até agora elas não me decepcionaram. Somente confio. Confiante.

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Um pouco de paz

- Não é fácil encontrar um equilíbrio. Um ponto de paz. Um pouco de paz. Tudo estressa. Tudo corre. Tudo foge ao controle. Tudo tira do sério. Tudo dificulta. Viver perturba. Conviver irrita. Entender é quase impossível. Olhar para o outro e saber o que existe por trás dessa ou daquela personalidade, não é natural. Ninguém respeita ninguém. Salvo raras exceções. E não estou condenando, estou elucidando. Eu também não consigo. Também não sou compreensiva. Também não sou amável. Também não sou caridosa. Não sou quando não quero. E ninguém é. Salvo raras exceções. O fácil é olhar e condenar, o fácil é apontar e rir, o fácil é passar e ignorar. O fácil é ser indiferente. Mas quando eu deito, a noite, percebo que talvez não esteja certamente agindo de maneira decente. Que tenho que ser mais compreensiva, mais amável, mais caridosa. Tentar entender o que acontece, e se não entender no mínimo, respeitar. Respeitar que tudo aparece, acontece ou surge no caminho de quem for, por algum motivo. E não estou, agora, defendendo o destino. Estou defendendo o encontro de um ponto. Um ponto de paz. Um pouco de paz. Baseado na reflexão. No pensamento. No respeito. Nada ou ninguém tem o direito de agradar quem for. Mas eu tenho a obrigação de pensar nas palavras que digo, nas atitudes que tomo, na conduta que assumo. Porque não tenho direito de chatear ninguém. Principalmente se a vida já cuidou de chatear de mais uma ou outra pessoa que conhecerei por essas estradas. É difícil encontrar um equilíbrio. Um ponto de paz. Mas não é difícil tentar. É necessário tentar.

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Existe uma razão.
Existe.