quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Para não passar em branco

"Caderno por estrear: um novo ano se aproxima, em meio ao ranço de amores na corda-bamba. O ano velho me cercou de inimizades conquistadas obscuramente, da hipocrisia cotidiana, me lembrando o quanto não marco nenhuma vida - sou volátil como os momentos breves, e nem sequer digna de fato de recordação. Que o novo se aproxime como todo seu esplendor e frescura - como boa espectadora, me resigno ao teatro infame, enquanto não sobrevém o ato final."

(Carina de Luca - Livro da Tribo)

-----------------------------------------------------------------------

Mais um trecho de um livro retirado de minha agenda. Enquanto os dias passam e eu não tenho outra coisa a fazer a não ser deixar os pensamentos vagarem, e a mente descansar até se cansar de ficar a toa, leio os incríveis textos dessa agenda. A companheira desse ano, com seus escritos que cabem tanto em mim quanto ele, aquele que me deu essa agenda. E deixo a saudade de lado por alguns minutos para depois, retoma-la. Está no fim. Espero.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Para o terceiro dia do ano










-"Dia de limpar armários, revirar gavetas, separar o pouco que é meu do tanto que já se perdeu. Processo doloroso, é certo, mas cada vez menos: amadurecer tem suas vantagens. Cortar os laços deixa de ser tragédia sofocliana, olhos furados e um longo caminho de dor. Não: a graça está é no novo, e quem me dera viver só de começos (de reencontros). Trocar o amor que já se empoeirou pelas paixões sublimes, toques e lábios e o "eu te amo" pronunciado com tanto fervor e certeza. Fênix, quem me dera."
(Carina de Luca - Livro da Tribo)


-------------------------------------------------------------------
Estou novamente pensando naquele quarto branco, naquela paz, naquele silêncio. E naquele momento no qual nada mais existia. Seria somente você, seria somente eu, e todo o espaço que existe em um beijo. Todo o começo de um ano, assim, no silêncio de dois olhares, com as batidas de um só coração. Só que o quarto branco é sonho, o silêncio é de dor, de falta, e você não está aqui. Te amo.